Conheci muitos professores. Cada um com sua identidade, características e sonhos. Conheci professores exigentes e intransigentes. Conheci professores simpáticos e camaradas. Conheci professores rabugentos, cheios de "não me toques". Conheci alguns esnobes, arrogantes, prepotentes, os “espertos”. Conheci aqueles que sorriam querendo mostrar poder quando os alunos perdiam. Conheci aqueles que vibravam e se emocionavam quando os alunos venciam. E tirei de todos grandes lições. Entretanto, os que mais me marcaram foram aqueles que me falaram com a alma. Com simplicidade, com paciência, com afeto. Aqueles para os quais podia apontar e dizer: "Estes são meus amigos."
Aqueles que me permitiram entender que não sendo super-homens ou mulheres maravilha, são,além de professores, homens e mulheres iluminados e pouco comuns. São simples e grandiosos. São, na verdade, pessoas muito especiais, para as quais, também, tenho orgulho de dizer: "Hoje eu sou professor"
(Simão de Miranda)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
Poética
Pensei em postar um poema de outro autor, mas cada página do livro "Estrela da Vida Inteira" que releio, me deixa em êxtase. Então aí está, Poética, por Manoel Bandeira.
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
fora de si mesmo
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
maneiras de agradar às mulheres, etc
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbedos
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Poema tirado de uma notícia de jornal.
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Por Manoel Bandeira
“Poema
tirado de uma notícia de jornal” é um poema de gênero narrativo, onde o eu
lírico se suicida transformando o poema em uma informação jornalística.
O texto é narrado em 3ª pessoa, é imparcial e objetivo confrontando a linguagem
poética (versos, ritmos poéticos e musicalidade) Acaba tornando-se uma paródia
da linguagem jornalística.
O Cristal
Os
olhos possuíam um brilho inebriante, que hipnotizava e fascinava aquele que
para ela olhava. Era assustadora a forma como ela dominava seus pensamentos e o
afastava, o medo de quebrar aquele cristal era maior do que tudo, mas o tempo
fortaleceu o cristal e possivelmente o transformou em diamante, forte, afiado
para cortar tudo aquilo que traga pensamentos frios, quem sabe em um anjo ela transformou-se, um protetor. Dizem os
sábios que todos nós temos um guardião nesse mundo, aquele cristal frágil pode
ter se transformado em anjo da guarda e um dia será o socorro quando tudo
partir.

I'm back

Tomara
que a criatividade não tenha me abandonado (yn) Oremos!
Beijos
doces.
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